Acordo MercoSul e União Europeia

O mercado brasileiro comemora acordo de livre comércio do MercoSul com a União Europeia – que potencialmente pode representar o mais importante acordo de livre comércio já firmado pelo Brasil.

Ao final, Mercosul e União Europeia formarão uma área de livre comércio que soma US$ 19 trilhões em Produto Interno Bruto (PIB) e um mercado de 750 milhões de pessoas (Ref. European Commission). Juntos, os países do bloco representam o segundo maior mercado para bens brasileiros no mundo, perdendo apenas para a China.

O atual comércio bilateral da UE com o Mercosul já totaliza € 88 bilhões por ano em bens e € 34 bilhões em serviços. As exportações de bens da UE para o Mercosul valem € 45 bilhões por ano e importam produtos do Mercosul quase do mesmo valor (€ 43 bilhões).

Ao mesmo tempo em que abre o mercado brasileiro para produtos e serviços europeus, o acordo tem potencial para elevar essas vendas e pode representar um empurrão para o Brasil entrar no grupo dos grandes do comércio internacional, ao criar novas oportunidades de exportação devido à redução de tarifas europeias.

Isso exigirá que o Brasil aperfeiçoe a cultura de gestão dos riscos e seguros no transporte internacional de cargas, e ampliará as oportunidades para o empresário brasileiro agregar valor ao produto na exportação.

O mercado brasileiro de riscos e seguros tem expertise e produtos para atender essa demanda.

Sobre o Acordo

O acordo reduz, por exemplo, de 17% para zero as tarifas de importação de produtos brasileiros como calçados e aumenta a competitividade de bens industriais em setores como têxtil, químicos, autopeças, madeireiro e aeronáutico.

Nos termos do acordo, os produtos agrícolas de grande interesse no Brasil terão suas tarifas eliminadas, como suco de laranja, frutas (melões, melancias, laranjas, limões, entre outros), café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais. Além disso, os exportadores brasileiros também terão acesso preferencial à carne bovina, suína e de aves, açúcar, etanol, arroz, ovos e mel.

Um longo caminho pela frente.

Após o anúncio político, é feita uma revisão técnica e jurídica do acordo e tradução do texto nas línguas oficiais das Partes, para então ser assinado.

A Comissão Europeia encaminha o acordo ao Conselho da EU para assinatura formal. É definida, então, uma data com o MERCOSUL para a assinatura do acordo.

No Brasil, a Presidência da República encaminha o acordo para apreciação pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, que finalmente autoriza o Poder Executivo a ratificar o acordo. No que se refere à UE, o acordo é encaminhado para votação no Parlamento Europeu.

DESENVOLVIMENTO DO COMPLEXO INDUSTRIAL E PORTUÁRIO DO PECÉM É DEFENDIDO NO Iº WORKSHOP CIST FORTALEZA 2019

Terminais de carga do Nordeste podem impulsionar o crescimento do setor de riscos e seguros de transporte de carga após retomada da economia, e aumento o fluxo de transporte de cargas.

Segundo o vice-presidente do Clube Internacional de Seguros de Transporte (CIST) e CEO da Risk Veritas, Alfredo Chaia, o Porto pode ser estratégico para evolução de seguros de carga no CE. A perspectiva foi mencionada durante um workshop realizado pelo CIST, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), no último dia 25/06.

“Nos segmentos de importação e exportação, o Nordeste sempre foi um player importante, e o Ceará cumpre papel estratégico no setor de logística em função da localização estratégica e capacidade de operação do porto do Pecém”.

Uma importante vantagem competitiva para que o Estado gere essa evolução do setor de riscos e seguros de carga, segundo Chaia, está justamente na localização geográfica. “O Ceará é um player estratégico no mercado internacional por ter condições de escoar produtos para os principais mercados consumidores internacionais com menor ‘transit time’ e custo. O Ceará pode ser consolidar cada vez mais
como hub internacional de logística, inclusive com a opção do empresário Brasileiro de agregar valor ao produto com a inclusão do seguro de Exportação”, explicou.

Ainda de acordo com Chaia, apesar de o Estado concentrar apenas 2% dos roubos de cargas do País anualmente, a expectativa é de que o mercado de gestão dos riscos e seguros cresça tanto no País quanto no Estado.

IMPACTO
Para o diretor executivo de risco do Grupo Servis, David Silva, discutir o mercado de seguros e risco pode significar uma redução de prejuízos para empresas em todo o Estado. Segundo ele, com a evolução da economia nos últimos anos, algumas cargas roubadas chegam a ser avaliadas em mais de R$ 4 milhões. Ao todo, roubos de carga geram o prejuízo de R$ 2 bilhões às empresas brasileiras por ano. Então, é importante discutir a importância desse mercado aqui no Ceará”.

EFICIÊNCIA
E o resultado do investimento em segurança já pôde ser sentido pelo Grupo Aço Cearense. Conforme o coordenador administrativo da empresa, Giovani Benevides, atualmente, quase 100% das cargas da Aço Cearense chegam em segurança ao destino. “O roubo de carga acontece em todo País e no Ceará ele é evidente, mas nós temos tido um cuidado muito grande com esse assunto, então temos serviços de rastreador e seguro de cargas. Sem o seguro de cargas a gente não consegue transportar nada e por isso tomamos todos os cuidados”, disse.